06 pontos para compreender o ser humano e o sofrimento, em Gestalt-terapia
- Transborda Psicoterapia
- 8 de jan.
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1. Relação e contato
O ser humano é um ser corporal em relação. É capaz de contatar-se consigo e com o outro, coexistindo com o mundo. Assim, todo sofrimento e toda ansiedade serão compreendidos como relacionais.
2. Tempo e campo
O ser humano só existe em um campo vivido temporal e espacialmente e faz parte de uma cultura. Desenvolvem-se, ao longo do tempo, desde uma dependência intensa do ambiente até um autossuporte. Por isso, o sofrimento e a ansiedade não podem ser compreendidos como apenas subjetivos ou meramente individuais.
3. Ajustamento criativo e polaridade
O ser humano é capaz de lidar criativamente com a vida ao longo de toda sua existência. Escolhe e responde por suas escolhas, ainda que não tenha consciência disso. Além disso, se relaciona com o meio entre as suas polaridades. É sombra e luz, calor e frio, abertura e fechamento, contato e retraimento etc. Por isso: o sofrimento surge como um ato criativo, ou seja, foi a melhor maneira que a pessoa encontrou para continuar seu desenvolvimento; o sofrimento tem relação com as escolhas e com a responsabilidade pela própria vida; saúde e doença não representam opostos, são etapas de um mesmo processo.
4. Autoatualização
O ser humano se atualiza no contato com o meio, a partir da sua autorregulação. Os sofrimentos podem, então, ser compreendidos como um sinal de alerta de que a autoatualização pode estar sofrendo interrupção ou uma descontinuidade em dado campo.
5. Complexidade e mistério
O ser humano marca-se pela complexidade e pelo mistério; só pode ser compreendido, jamais explicado. Na visão sobre a psicopatologia, deve haver um cuidado em não reduzi-la a uma mera descrição de sintomas. O objetivo é prestar atenção em como cada sintoma é vivido e significado pelo indivíduo em seu mundo.
6. Morte
A vida é movimento de aberturas e fechamentos de Gestalten, movimento de vida, morte, vida, morte... As psicopatologias também podem estar associadas a esse ritmo de abertura e fechamento de Gestalten, além da necessidade de encontrar o sentido das experiências vividas e até o sentido da própria existência.
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