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A relação terapêutica existe para não existir

 

Na terapia, o vínculo que se constrói entre terapeuta e cliente é, ao mesmo tempo, essencial e transitivo. Ele precisa existir, mas também precisa, em algum momento, deixar de existir.

 

A relação terapêutica se sustenta no paradoxo: ela se apoia, se fortalece, se aprofunda e, justamente por isso, também precisa se afastar. A existência da relação é o que permite o crescimento, e o crescimento é o que, aos poucos, torna a relação menos necessária.

 

O terapeuta se envolve, se deixa afetar e se entrega ao processo, mas sem se perder nele. Ele sabe que o vínculo não é para ser mantido para sempre, e sim para que o cliente possa, um dia, sustentar em si aquilo que o vínculo ofereceu.


Por isso, o “não existir” da relação terapêutica não significa rejeição ou abandono. Significa evolução. É quando o cliente já pode caminhar sozinho, e o terapeuta, por sua vez, também precisa deixar que o processo se encerre.

 

Quando o vínculo se torna uma dependência, quando há medo de que a relação acabe, a função terapêutica se enfraquece. O trabalho começa a se confundir com apego, e a continuidade perde o sentido de crescimento.

 

A boa terapia não é a que dura para sempre, mas a que permite que, um dia, a própria pessoa possa se apropriar do que aprendeu, do que viveu e do que foi possível construir no encontro.


Se você sente dúvidas sobre até que ponto se envolver com seus clientes ou percebe dificuldade em lidar com o apego na relação terapêutica, a supervisão no Transborda pode te ajudar a navegar esse paradoxo. Vamos refletir juntos sobre como sustentar o vínculo sem se perder, apoiar o crescimento sem criar dependência e permitir que a terapia cumpra seu verdadeiro papel: tornar o cliente capaz de caminhar sozinho. 


  •  Vem fazer supervisão com a gente e fortaleça sua prática com segurança e clareza.


 
 
 

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