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Como lidar com o término inesperado de um processo terapêutico?

O encerramento inesperado do processo de psicoterapia é um dos grandes causadores de ansiedade em um terapeuta, especialmente para aqueles que estão no início da sua jornada profissional. Essa sensação se intensifica sobretudo quando o motivo da saída abrupta e inesperada do cliente não é compreendida pelo terapeuta. 


  • Como lidar com o término inesperado de um processo terapêutico? 


Quando o cliente decide encerrar a terapia, não há culpados. Nem o terapeuta nem o cliente são os responsáveis por esse fim antes do esperado. A terapia é construção também nesses casos e interrupções fazem parte do processo. 


  • O que pode ter acontecido para o cliente encerrar o processo?


A terapia pode já não ser mais útil para o cliente ou já cumpriu tudo que ele precisava até o momento e isso não impede que ele retorne ao processo em outro momento. 


Mas, atenção: O terapeuta não deve julgar seu cliente pela própria decisão. Agir desse modo nega a autenticidade de todo o processo e de tudo que foi construído até aquele momento. 


Do mesmo modo, o terapeuta também não deve se julgar. O primordial é compreender o que pode ter acontecido para esse fim precoce. O que terá acontecido na relação entre cliente e terapeuta? A supervisão é um espaço valioso para buscar essa compreensão, oferecendo um espaço para entender o que ocorreu, sem culpas ou julgamentos. Em supervisão, o terapeuta terá a possibilidade de conhecer para aprender e cometer novos erros no futuro, não os que possivelmente tenham acontecido neste caso.


Sendo assim, não cabe ao terapeuta decidir para onde o cliente deve ir, impor o próprio desejo aos clientes não é função do profissional. Nosso papel é acompanhá-los com cuidado, responsabilidade e profissionalismo  em suas explorações de si e de seu mundo.


Alguns clientes irão nos abandonar ao longo da vida profissional, e isso precisa ser aceito de maneira consciente, não apenas por conformismo



 
 
 

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