Conversas difíceis são importantes
- Transborda Psicoterapia
- 27 de abr.
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Na Gestalt-terapia, valorizamos o contato genuíno e a presença. No entanto, nem sempre esse contato é fácil. Muitas vezes, evitamos conversas difíceis porque tememos o desconforto, o conflito ou as consequências emocionais que elas podem trazer. Mas é justamente nesses diálogos desafiadores que a autenticidade se manifesta e que o crescimento pessoal e relacional acontece.
Quando evitamos conversas difíceis, podemos estar escolhendo a fuga ao invés do enfrentamento, o silêncio ao invés da expressão, o afastamento ao invés da conexão. No entanto, o que não é dito não desaparece – apenas se desloca para outros lugares: no corpo, na ansiedade, na insônia, nas relações que se tornam frágeis ou distantes.
Conversar sobre o que é difícil exige presença, responsabilidade e coragem. Na Gestalt, falamos sobre a importância do ajustamento criativo – a forma como lidamos com as situações da vida. E, nesse contexto, expressar-se com verdade pode ser um ajustamento saudável, enquanto a evitação pode se tornar um padrão neurótico.
O convite é para que possamos sustentar o desconforto desses momentos com curiosidade e abertura, respeitando nosso tempo, mas sem nos aprisionarmos no medo. Afinal, é na troca autêntica que nos tornamos mais inteiros, mais conscientes de nós mesmos e do outro.
Que possamos, então, escolher o encontro, mesmo quando ele parece difícil. Porque são nesses momentos que crescemos, que fortalecemos vínculos e que nos tornamos mais verdadeiros na relação com o mundo e conosco mesmos.
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