Desmistificando a psicoterapia

Terapia não é conselho pronto, nem receita de vida.

Não é alguém que vai decidir por você ou traçar um roteiro do que fazer a cada passo.

Não é um espaço para encontrar respostas mágicas, nem a promessa de eliminar a dor como quem apaga um incêndio.

Não é depender do terapeuta para seguir adiante.

E também não é só desabafar: porque falar sem elaborar, sem se implicar, não transforma.

Terapia não é confortável o tempo todo, nem linear, nem rápida.

Estar em terapia é se dar o tempo de olhar para si. É reconhecer padrões de repetição que muitas vezes passam despercebidos no cotidiano. É poder dar nome aos sentimentos, escutar a si mesmo de um jeito novo e, a partir disso, escolher de forma mais consciente.

No encontro com o terapeuta, você se relaciona a partir de outro lugar: mais autêntico, menos automático. Essa relação pode ser um ensaio para as demais: um espaço de experimentar confiança, presença, acolhimento e também de sustentar os desconfortos que aparecem.

A terapia é um espaço de ser ouvido e, ao mesmo tempo, de aprender a se ouvir. É um convite para viver com mais clareza, para habitar a própria vida com mais inteireza.