top of page

Em terapia, você está tentando se consertar ou se conhecer?

Muita gente chega à terapia acreditando que precisa se consertar. Carrega a sensação de que tem algo errado consigo: emoções demais, dificuldades nos relacionamentos, repetições que não consegue evitar, comportamentos que não entende. Essa ideia de que há um defeito a ser corrigido é comum, e compreensível, num mundo que exige o tempo todo que a gente funcione, produza, se encaixe.

 

Mas a proposta da psicoterapia, especialmente na Gestalt-terapia, não é te consertar. Você não é uma máquina com peça quebrada. A terapia não busca moldar você a um padrão ideal, mas sim abrir espaço para que você se conheça. E conhecer-se não significa se criticar ou tentar se tornar uma versão “melhor” de si mesmo, e sim entrar em contato com quem você é, com o que sente, com o que precisa, com as suas formas de estar no mundo.

 

O autoconhecimento é um caminho de acolhimento, e não de correção. É sobre reconhecer seus limites, seus recursos, suas escolhas e também os seus bloqueios, sem julgamento. É sair do automatismo e começar a se relacionar consigo mesmo com mais presença e responsabilidade.

 

Tentar se consertar na terapia parte da ideia de que há algo de errado em ser quem você é. Mas se conhecer é descobrir que existe sentido mesmo no que parecia confuso, repetitivo ou doloroso. E que é possível fazer escolhas mais conscientes quando você entende suas histórias e se autoriza a ser inteiro.

 

A mudança pode acontecer, sim. Mas como consequência do contato consigo, não da tentativa de caber em um ideal. A terapia não é um lugar pra você deixar de ser quem é: é um espaço pra se tornar quem você já é, com mais clareza, mais liberdade e mais verdade.


 
 
 

Posts recentes

Ver tudo

Comentários


bottom of page