Estudar é importante… mas não é suficiente pra tornar você um bom terapeuta.
- Transborda Psicoterapia
- 11 de ago.
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Ser terapeuta não se resume a acumular teorias, técnicas e certificados. Por mais que o estudo seja uma base fundamental, há dimensões que nenhum livro ensina e que nenhuma aula é capaz de entregar.
É na sensibilidade que percebemos o que o cliente não diz com palavras. Na abertura para o mundo e para o inesperado, encontramos a disponibilidade de nos afetar e de acolher o novo que cada encontro traz.
É na autoestima pessoal e profissional que conseguimos confiar na nossa escuta e na nossa presença, sem precisar nos esconder atrás de discursos prontos ou de um lugar de saber absoluto.
Ser terapeuta exige também coragem para sustentar silêncios, afetos e incertezas. Pede uma empatia que vai além do conceito: uma empatia vivida, encarnada, que olha para o outro como alguém que sente, erra, tenta… exatamente como nós.
A prática clínica pede ajustamento criativo. Porque cada pessoa que chega nos convida a encontrar novas formas de contato, de linguagem, de intervenção.
E é preciso saber comunicar. Não de um jeito técnico e distante, mas de um jeito que faça sentido para quem está ali na nossa frente, com a vida exposta, esperando ser ouvido de verdade.
Ser terapeuta é um ofício humano. Exige técnica, mas exige também presença, afeto e uma constante disposição para se transformar junto com o outro.
O estudo é o começo. Mas é na relação que a terapia acontece de verdade.
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