“Neurose é o meio de evitar o não ser evitando o ser” Tillich
- Transborda Psicoterapia
- 7 de nov.
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Na tentativa de evitar o que nos ameaça, seja o erro, o fracasso, o julgamento, o vazio, acabamos também evitando o que poderia nos mover, transformar, expandir.
A neurose, como diz Tillich, é esse movimento de evitação. Ela aparece quando, para não encarar a dor do “não ser” (não ser bom o bastante, não ser amado, não ser reconhecido), nos afastamos da própria possibilidade de ser.
E nessa tentativa de não sentir, criamos modos de existir que parecem seguros, mas que também nos aprisionam. O preço de não correr o risco de viver é permanecer paralisado: em uma vida controlada, porém pequena. E o trabalho terapêutico é justamente esse: perceber os lugares em que, por medo de não ser, deixamos de nos permitir ser.
Um exemplo comum: alguém que deseja realizar-se profissionalmente, mas teme descobrir que não é tão bom quanto imagina. Então, em vez de se lançar e lidar com a incerteza, se afasta da situação - muda de emprego, adia projetos, desiste antes mesmo de tentar. E assim, sem perceber, mantém viva a fantasia de que “seria brilhante se quisesse”, sem precisar se confrontar com a própria humanidade.
No fundo, a neurose é isso: um movimento de proteção que, na tentativa de nos defender do sofrimento, acaba nos afastando da experiência de existir plenamente. E o processo terapêutico é o caminho de voltar, de arriscar-se a ser, mesmo que isso também signifique encontrar o medo, o limite, o imperfeito e o real.
Se você sente que se protege demais do que a vida tem a oferecer ou que está preso em padrões que te impedem de existir plenamente, a psicoterapia pode ser o espaço seguro para se permitir voltar a si mesmo. No Transborda, te convidamos a se arriscar, a explorar o seu sentir e a encontrar caminhos para viver de forma mais autêntica e consciente.
Agende sua sessão e comece a se permitir ser, com apoio e cuidado.
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