Nunca é SÓ sobre o que você se queixa em terapia
- Transborda Psicoterapia
- 8 de out.
- 2 min de leitura
Quando alguém chega à terapia, traz uma queixa. Mas essa queixa é só uma parte de um todo muito maior.
Na Gestalt-terapia, entendemos que tudo que se vive, vive-se no corpo:
Emoções: alegria, tristeza, raiva.
Manifestações: sorriso, lágrimas, tensões, dores.
O corpo é sábio. Ele busca autorregulação:
procura equilíbrio;
satisfaz necessidades;
encontra o melhor possível com os recursos disponíveis.
Mas quando olhamos só para a queixa, corremos o risco de perder algo essencial: aquilo que nem sempre a própria pessoa sabe que está ali.
O sintoma é um ajustamento criativo:
Uma forma de lidar com algo que parecia impossível enfrentar;
Ele mostra (presentifica) aquele que o sente.
Por isso, não basta eliminar o sintoma. Ele tem uma função, foi criado pelo organismo para sobreviver.
Na Gestalt-terapia, olhamos para a totalidade da pessoa. Buscamos compreender:
O que está sendo evitado?
Para quê toda a energia está indo para o sintoma?
É nesse encontro com a própria experiência que nasce a possibilidade de transformação.
Quando alguém chega à terapia, costuma trazer uma queixa. Mas essa queixa é só uma parte de um todo maior, que envolve corpo, emoções, histórias e formas de existir.
Na Gestalt-terapia, entendemos que o sintoma é um ajustamento criativo — uma forma que o organismo encontrou para lidar com algo difícil. Ele não está “errado”, mas mostra que algo precisa ser olhado com mais cuidado.
O processo não é eliminar o sintoma, mas compreender o que está por trás dele e abrir espaço para que a pessoa entre em contato com suas necessidades reais, redescobrindo sua capacidade de se autorregular e viver de forma mais plena.
É nesse movimento que a terapia ganha sentido: olhar para a totalidade e não apenas para a queixa.
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