“O ChatGPT pode substituir meu psicólogo?”
- Transborda Psicoterapia
- 17 de set.
- 1 min de leitura
Essa é uma pergunta cada vez mais comum e importante. A resposta é: não. E aqui vai o porquê.
O ChatGPT pode ser útil em várias situações: organizar ideias, explicar conceitos, oferecer sugestões e até trazer reflexões interessantes. Mas ele não é, e nem deve ser, um substituto para um processo terapêutico conduzido por um psicólogo.
Um dos principais motivos é que o ChatGPT não te frustra. Ele está sempre pronto a te agradar, confirma suas ideias e raramente te confronta. Parece ótimo, mas na terapia isso seria um problema. O crescimento emocional acontece também através do enfrentamento da frustração: quando o outro não responde como a gente esperava, quando somos desafiados a olhar para algo que evitamos ou quando percebemos que não controlamos tudo à nossa volta.
Além disso, o ChatGPT não se envolve com você. Ele não tem corpo, história, subjetividade. A relação terapêutica é um espaço profundamente humano, onde o vínculo, o contato e a troca entre duas pessoas têm um efeito curativo real. O que transforma na terapia não é só o conteúdo das conversas, mas o tipo de relação que se constrói ali: uma relação que sustenta, acolhe, confronta e promove mudanças verdadeiras.
A IA pode complementar o processo, mas não substitui a presença, a escuta e o envolvimento humano. Porque, no fim das contas, é no encontro com o outro que a gente realmente se transforma.
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